quarta-feira, 14 de setembro de 2011

MUDANÇAS CLIMATICAS - RIO+20

Campanha de 24h de Al Gore mostra impactos das mudanças climáticas no mundo Lilian Ferreira Do UOL Ciência e Saúde Em São Paulo Comentários 1 Às 19h, na Cidade do México (21h em Brasília), começa o evento “24 horas de Realidade”, idealizado por Al Gore, que irá rodar o globo para chamar a atenção para os impactos das mudanças climáticas. E nada de pensar no futuro, os impactos estão acontecendo agora, enquanto você lê este texto. “São 24 países, cada um em uma zona horária, que terão palestras similares, cada um em sua língua, sobre os efeitos das mudanças climáticas. O Rio de Janeiro será a penúltima cidade, que antecede Nova York, com a palestra de Al Gore”, explica Roberto Vamos, representante no Brasil da ONG The Climate Project. O evento será transmitido ao vivo e terá a participação brasileira às 19h do dia 15 de setembro. Você pode acompanhar no UOL a palestra de Vamos em português. A seca extrema, as tempestades e as grandes enchentes são apontadas pelo ex-vice-presidente dos EUA como uma das graves consequências do aquecimento global. "Hoje em dia a mudança climática não é mais uma previsão: é uma realidade. Mesmo assim, em todo o mundo ainda estamos sujeitos a informações enganosas e campanhas financiadas por poluidores projetadas para desviar a atenção das pessoas sobre os perigos que corremos com a crise climática que está se revelando”. Ações no Brasil Por aqui, depois da palestra, a ONG Iniciativa Verde irá apresentar seu projeto de neutralização de emissões de carbono. A partir de uma calculadora de carbono, você poderá calcular sua emissão de gases de efeito estufa, indicando quanto anda de carro, avião e consumo de energia elétrica. A proposta da ONG é a plantar árvores suficientes para absorver o CO2 emitido. “Se todo mundo fizesse isso, é o que os americanos chamam de ‘game change’, é uma ação que nós individualmente podemos fazer dentro das nossas possibilidades. Mas claro que mudar as lâmpadas é necessário, mas não é suficiente. Temos que mudar também as políticas de desenvolvimento para reduzir as emissões”, ressalta Vamos. Por isso, a palestra também vai focar na mobilização. O ambientalista cita políticas que ocorrem ao redor do mundo, como a Austrália, que foi o primeiro país a taxar emissões de carbono. “Se uma termoelétrica emite uma quantidade de carbono, ela terá que pagar um imposto proporcional sobre isso”, conta. Por outro lado, ele lembra que a Europa cogita taxar viagens de avião, importantes emissores dos gases do efeito estufa. Cada real é um voto “Cada pessoa tem que ser mais responsável com o que gasta. Tem que optar por carros e eletrodomésticos eficientes. Cada real é um voto. As pessoas têm que votar com o bolso e escolher produtos menos danosos para o meio ambiente”, aconselha. E antes de pensar que produtos verdes são mais caros, Vamos lembra que na conta final, a economia de energia ao longo da vida útil do produto compensa seu preço, às vezes, superior. “Cada pessoa tem que ser mais responsável com o que gasta. Tem que optar por carros e eletrodomésticos eficientes. Cada real é um voto. As pessoas têm que votar com o bolso e escolher produtos menos danosos para o meio ambiente”, aconselha. E antes de pensar que produtos verdes são mais caros, Vamos lembra que na conta final, a economia de energia ao longo da vida útil do produto compensa seu preço, às vezes, superior. Sobre os produtos que não são elétricos, mas que são produzidos a base de petróleo (como plásticos), o ambientalista destaca que não há uma apropriação correta dos custos. Os produtos são mais baratos geralmente, mas os malefícios que causam à saúde e meio ambiente não são computados. “E quem paga lá na frente é a sociedade, as empresas responsáveis devem internalizar estes custos”. Brasil, líder de sustentabilidade? “A visão geral é que o Brasil tem tudo para ser líder nessa área de sustentabilidade. Tem matriz energética mais limpa do que de outros grandes países industrializados, tem legislação ambiental avançada e metas voluntárias de redução de gases, especialmente em relação ao desmatamento”, destaca, mas ele lembra que se as mudanças no Código Florestal forem aprovadas, o país dará uma “grande pisada na bola”. O ambientalista ressalta que pesquisas apontam que a população é massivamente contra o novo Código Florestal. “No Senado, não foram chamados cientistas para debater. As sociedades científicas são claras ao afirmar que precisam de tempo para avaliar o impacto das mudanças. Aí sim, com conhecimento, será possível redigir um Código Florestal que efetivamente proteja as florestas, sua regeneração, e tenha a produção agrícola necessária”, explica. Para terminar, ele destaca que as grandes cidades, onde vivem 80% da população do país, podem sofrer com falta de água se for aprovado o desmatamento em margens de rios e áreas ciliares.

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